quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Origem de Kayder


Meu filho e eu já tinhamos um personagem legal pra fazermos a nossa história - o Kyder - e tinhamos o mais importante de tudo, também: a vontade de fazer uma histórinha! Então eu perguntei pra ele como começariamos a contar essa história...
- Vamos começar... (pausa de uns sete segundos)... do começo, papai!

Parece meio óbvio, afinal toda história precisa ter um começo, um meio e um fim... mas eu entendí o que aquele mulequinho barrigudinho, de cabelo liso com os dedos sujos de tinta estava querendo dizer... Ele queria começar com a origem de Kyder! Eu sempre gostei de pegar uma revista nas mãos, e babar em uma capa muito bem feita, depois abrir e dar de capa com uma belíssima splash page com ação, talvez uma explosão, uma daquelas cenas que te ganha, logo de cara... depois o autor se vira pra contar o que aconteceu pra chegar aquele ponto, ou em flashbacks, ou voltando no tempo, ou em resumos, sei lá... Mas não era assim que meu menino queria começar a história. Afinal, estou contando uma das aventuras que se passa dentro da cabecinha de um garotinho de quatro anos de idade, que ainda está curtindo aqueles começos de histórias com Era Uma Vez...

Então vamos lá: Era uma vez um planeta distante, habitado por pessoas muito inteligentes. Eles já haviam atingido um grau evolutivo supremo, tecnologicamente falando. Tudo era lindo por lá, metálico, brilhante, luminoso... mas a mente das pessoas ainda era pequena, haviam guerras por todos os cantos... Não sei muito bem, mas acho que essa idéia vem de todo o lixo que é transmitido na TV. Nossas crianças estão tendo uma imagem negativa do mundo... para elas as pessoas são más, já repararam nisso?

O que acontece é que, devido à uma Guerra Mundial, todas as pessoas daquele planeta matam-se umas às outras! Só uma garotinha sobrevive - ela fora protegida pelo seu guardião, um robô criado por seus pais, chamado Kyder! Agora a menina vive neste mundo destruído, ao lado de uma máquina que ainda está aprendendo a emular seus sentimentos.

Infelizmente não existe mais nenhum alimento saudável no planeta. A menina morre. O robô é deixado sozinho.

Triste, não é?

É claro que essa é só a minha interpretação em cima de vários fragmentos de historinhas contadas pelo meu filho, em diversos momentos de diversos dias diferentes. Eu basicamente juntei as informações e organizei numa sequencia cronologica... depois eu li pra ele esse trecho e ele concordou que sim, poderia ser assim mesmo - que bom, não é?

Tá, mas... como contar toda essa epopéia em uma história em quadrinhos? E pior, como deixar de uma forma que as crianças entendam e gostem?

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